Sob o Império da Técnica: A Razão Instrumental e a Rejeição da Política na Formação do Banco Central do Brasil

Resumo A partir da crítica à racionalidade instrumental, baseada em Weber, Habermas e Arendt, busca-se analisar, por meio de entrevistas das lideranças envolvidas na criação do Banco Central Brasil (BCB), a tensão entre política técnica sua formação como burocracia. pesquisa, história oral, foi feita com base realizadas pelo CPDOC/FGV, publicadas 2019, 25 volumes “Coleção História Contada Brasil”, que participaram BCB. Identificou-se, entrevistas, um discurso rejeição geral aversão às políticas esquerda específico, além sagração ensejando uma visão tecnocrática BCB, órgão é tido insulado burocraticamente, mas, no qual apenas seria possível: liberal-econômica matriz neoclássica. Essas duas dimensões se combinam para estabelecer posição sujeição até mesmo democracia pode ser sacrificada aproveitem oportunidades implantação determinada agenda técnico-econômica. Há indícios, portanto, instrumentalidade razão nas manifestações ao oporem versus política, o acarretar processo banalização mal tal criticado sobretudo, enxergar regimes exceção país meras BCB liberal-econômica. Essa perspectiva transforma entrave político, inclusive, maior produto participação democrática país, Constituição 1988.